i.
Uma mulher sonha, segurando a barra do próprio vestido.
Dois, três, quatro passos distantes de si. Presa pelo plissado, se esconde por
debaixo das inúmeras dobras, ondas, vãos.
ii.
paralisada na negrura negra, se desreconhece. As palmas das.
iii.
na curva da concha, seu corno animal, espiral. Espreita,
iv.
água pó, água polvo, água sal.
vi.
lânguida longa onda, lívida leve longa
calca a concha quando quebra
vii.
úmidos mares, têm nas orlas, rocha, cascalho,
fragas, fragatas, restos de estórias de marujos
viii.
mas a boca muda. se encolhe na casca, morde a própria
cauda.
ix.
vão tecido em terra. Bárbara rente à embarcação. Um, dois,
três nós enverga a barra da saia sobre
si. Onda, longa onda,
devolve ao mar o que é do mar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário