o meu colo é um terreno baldio
onde vêm dormir os homens em situação de rua,
os cavalinhos encantados e você
meu colo é grande e baldio, livre
uma imensa área que pertence a alguém
que não já não sabe como cuidar
e aqui eu crio minhas ervas daninhas
grilos e sapos e caranguejeiras
com o mesmo apreço que o despendido
aos jardins de luxemburgo
hoje eu sei, tento entender
porque o mato seco atrai o fogo
porque a lâmina atiça a fibra e a parte em
mil pedacinhos
sei, como a carne opera o verbo
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