o balanço leva o povo ao trabalho
os ombros ficam levemente amolecidos
ouve-se unhas batendo nos canos de ferro
toc-toc-toc
são tímidas, já que o sacolejo leva tudo que está
adiante atrás
os dedos rolam nas barras fixas
os pés em posição de descanso
as patas, as frutas, as sacolas deslizam
roçam nas pernas dos demais
passageiros, neste mar imenso das ruas
pescados e pescadores, pescadoras
toda a coisa é navegada nesse comboio
que ruma adversário ao seu destino
na lida do dia naufragado
na fé do ponto final
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