as horas passam
sem que tenham passado
não se sente o começo,
o meio nem o fim do tempo
uma lacuna de marfim
guarda o segredo de todos os anjos
e reflete as luzes coloridas
da sinaleira da esquina
hora de ir, de esperar, de parar
mas não há quem obedeça
nem as leis da física,
nem as leis de trânsito
você flutua sobre meus olhos
e eu recolho, com os dedos em pinça,
as penas do travesseiro espalhadas pelo chão
a terra é hoje, para nós, um paraíso perdido
Nenhum comentário:
Postar um comentário