sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

os números
742, 391, 2250
as calçadas,
lisas, escorregadias, com retalhos
chove muito e, não raras vezes,
chego molhada no trabalho
no décimo segundo andar,
vê-se árvores aos montes
uma piscina vazia, na casa que ostenta não menos que seis cadeiras de praia agrupadas em dois
o heitor me escreveu, disse que agora eu sou uma poeta beatnik
foi só ai que lembrei que sou poeta
quando não mais me preocupam as malas, os pacotes, os papéis, e as falas
enquanto eu sento, de frente com a avenida das andradas, e espero a chuva passar
esperando, enquanto a rua me atravessa, um homem sem guarda-chuva
as irmãs (ou amigas) que têm consulta às 11h, os pedidos excêntricos de café da manhã
justo hoje que eu penteei os cabelos,
justo esse chão escorregadio,


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