terça-feira, 12 de março de 2013

Azul de despedida

já se vai
o sol
poente

como se pegasse um trem moderno,
que não faz tanta fumaça

mas pára
a cada estação
e espera,
que estejam de acordo passageiros e passagens
passagens e paradas

pessoas.


não demora para que o dia vire noite
e as estrelas estralem no céus
finitas, miúdas, infantis

já não sou mais sol que se despede
mas lua que chega de repente,
como aquela meia-lua que aparece discreta no céu
e não como naqueles dias em que ela vem alaranjada
redonda e gigante na linha do horizonte

guardo-me
para ser sol
e anunciar a metade de um dia
à metade que me faz inteira
e que me traz de volta
pra me completar.








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