sinto lacrimejar a clavícula
sentindo pulsar como quem deseja fugir
refuto grande parte desses verbos, tolos, infundados
e a superfície brilhosa desse papel de fotografia me soa o baladar das inverdades
sinto o cheiro falso de cerejas de plástico,
permeiam minha pele, querendo entrar.
e da vivacidade, fica só a ilusão. matéria estúpida de natureza inocente
meu sopro, se inflama
deseja sentir o suave tirilintar da ventania frente às pálpebras
dançar a dança do universo
(...)
e em
chama ardente
não se prende a desassossego qualquer
da penumbra não sobra nem cinza
mais um dia amanhece normalmente
sobre a vida e morte.
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